sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Desenhos (mal) animados

A influência da televisão no comportamento das crianças tem sido alvo de vários estudos, sendo o principal interesse o efeito da publicidade e da violência dos desenhos animados. Mas, e os Hábitos alimentares dos heróis da televisão?






Não serão estas figuras indutoras de maus hábitos alimentares nas crianças?

Um estudo realizado por uma empresa de distribuição alimentar no Reino Unido concluiu que “o impacto que tem nos comportamentos alimentares é surpreendente”. Embora em Portugal ainda não se tenha realizado nenhum estudo nesta área, a associação de espectadores está desperta para esta associação e pretende estudar, juntamente com a DECO, a situação em Portugal.
Uma vez que Portugal ocupa os lugares de topo, relativamente à Europa, no que diz respeito à obesidade infantil, a criação de bons modelos alimentares em desenhos animados, poderia ser uma boa forma de implementar hábitos mais saudáveis junto das crianças.


O Popeye até seria um bom exemplo, pelo consumo de espinafres que o torna mais forte, se não fosse o cachimbo na boca...


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Públicidade seazonal

A adagio magro versus lançou hoje uma nova campanha publicitária adaptada à quadra natalícia.
O produto que contém um complexo vegetal, tem como objectivo diminuir o apetite e assim evitar os exageros característicos da época que tantos estragos fazem à silhueta.
Uma boa estratégia para vender o produto e atingir o público-alvo, utilizando os seus receios dos excessos natalícios.

“Tenha boas festas e uma boa linha…”

sábado, 15 de dezembro de 2007

Rituais de vida saudável

Este programa que visa a promoção de rituais de vida saudável, é um projecto inovador que resulta da iniciativa conjunta da One to One e da Faculdade de Motricidade Humana juntamente com a Direcção Geral de Saúde.Assume-se como uma forma de serviço público, disponibilizando à população orientações específicas e cientificamente validadas sobre hábitos e estilos de vida saudáveis.



Rituais de vida saudável fornecerá de uma forma contínua sugestões inovadoras e dicas práticas, atraentes e fáceis de implementar. Os temas por eles abrangidos são:
- nutrição
- actividade física
- redução do stress
- promoção do bem-estar físico e psicológico
Este projecto marca como principais objectivos, ajudar a alterar hábitos, modificar comportamentos e a desmistificar ideias feitas.

Fique com alguns rituais...


quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Porque comemos o que comemos?

Como é do conhecimeto de todos, geralmente a população compra os seus alimentos com base no seu rendimento. Segundo um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition apresentado pela universidade John Hopkins a raça e o sexo parecem também levar a escolhas alimentares diferentes. Neste estudo foram entrevistados 4356 norte-americanos com idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos. Consideraram-se vários elementos ligados à qualidade da dieta alimentar, como por exemplo, a gordura total e saturada, quantidade de energia e densidade energética, e à sua composição, quantidade de frutas e vegetais, fibra, cálcio e lacticínios.
Entre várias conclusões, as que se destacaram mais foram:
- As mulheres são mais preocupadas em seguir as recomendações alimentares do que os homens;
- As mulheres consomem menos calorias, densidade calórica, gordura total, gordura saturada, colesterol e sódio, por sua vez, os homens apresentam um consumo mais elevado de frutas e vegetais, fibra, cálcio e lacticínios, nomeadamente porque consomem mais comida.
- Os afro-americanos com baixos rendimentos dão mais importância ao preço do alimento do que os norte-americanos de raça branca com o mesmo nível de rendimento.
- Pessoas de raça branca de estrato económico mais baixo tendem a comer mais gordura saturada e gordura no total. Os afro-americanos não apresentam relação entre o rendimento e o consumo de gorduras.
O artigo defende ainda que os comportamentos nutricionais ficam a dever muito a factores ambientais como a publicidade e o marketing e outros pessoais, como o gosto, conveniência e benefícios de saúde.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Banco Alimentar - Recolha de Géneros Alimentícios

O Banco Alimentar promoveu este fim-de-semana mais uma campanha de recolha de alimentos, com o objectivo de minorar situações de pobreza em Portugal. Esta acção decorreu em mais de 950 estabelecimentos comerciais um pouco por todo o país, contando com a juda de cerca de 17.700 voluntários, os quais recolheram as contribuições feitas nos estabelecimentos comerciais, transportando em seguida os alimentos doados para os armazéns dos 13 Bancos Alimentares. Estes produtos alimentares serão posteriormente distribuidos na própria localidade a pessoas com carências alimentares comprovadas através de 1.332 Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas e acompanhadas. Se não teve a possibilidade de ajudar durante este fim-de-semana, poderá usar o sistema "Ajuda Vale", no âmbito da qual cada pessoa continua a poder escolher os produtos que pretende oferecer ao Banco Alimentar Contra a Fome, embora a restante logística seja assegurada pelo próprio estabelecimento comercial. Poderá encontrar este sistema até 9 de Dezembro em todas as lojas das cadeias Dia/Minipreço, El Corte Inglês, Jumbo/Pão de Açúcar, Lidl, Modelo/Continente, Pingo Doce/Feira Nova e também nas lojas da rede PayShop dos CTT.
Segundo dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, no ano em que foi criado o primeiro Banco Alimentar Contra a Fome, em 1992, a instituição angariou e distribuiu 220 toneladas de alimentos por 45 instituições, o que permitiu ajudar 15 mil pessoas. Quinze anos depois, a organização, que realizou a última recolha em Maio, recolheu em 13 bancos alimentares espalhados pelo país um total 18.014 toneladas de alimentos que permitiram apoiar 1.332 instituições e assistir 219.889 pessoas.

domingo, 2 de dezembro de 2007

The Nutrition Game: A Day of Food Choices

No âmbito da educação alimentar, tenta-se fazer de tudo para cativar os mais jovens, tentando-se ir ao encontro dos seus gostos, como é o caso deste jogo interactivo.

domingo, 25 de novembro de 2007

No sentido da simplificação

Na sequência do Post «O Rótulo», vimos que as pessoas consideram difícil fazer escolhas informadas.
Surgem agora alguns programas que pretendem ajudar os consumidores a identificarem os produtos saudáveis no momento da compra, é o caso do «Programa uma escolha saudável» da Fundação Portuguesa de Cardiologia e do programa «Minha escolha» (versão portuguesa de Choices). Estes atribuem um selo aos produtos alimentares saudáveis, que apresentam teores de certos nutrientes (gordura, sódio, açúcar…) de acordo com as recomendações.
Além de facilitarem a escolha do consumidor, tem ainda como objectivo encorajar as industrias alimentares a melhorarem a composição dos seus produtos.

Em Portugal, o primeiro produto a obter o selo «Minha Escolha» foi a bebida Lipton Ice Tea. Para isso a marca teve de reformular a composição da bebida, o que resultou numa redução em 10% dos níveis de açúcar.

Poderão estes símbolos contribuir mesmo para escolhas mais saudáveis?
Não estarão a surgir demasiados símbolos? Não poderá isto gerar confusão junto do consumidor?

Educação alimentar

Educação alimentar pode ser definida como um conjunto de actividades que promovem hábitos alimentares saudáveis.
Ao fazer-se educação alimentar, as estratégias a usar devem ser adequadas à idade, nível de conhecimento e grupo cultural a que o publico alvo pertence. Uma sessão de educação alimentar só será bem sucedida se os estudantes acharem que os assuntos abordados são relevantes para a sua vida. Em Guidelines for School Health Programs
to Promote Lifelong Healthy Eating
, encontramos uma série de recomendações, que podem ser levadas em conta quando trabalhamos nesta área.
Salientamos de seguida alguns aspectos que nos chamaram à atenção.
A transmissão de conhecimento nesta área deve ser activa e feita de forma divertida. As crianças e jovens irão mudar os seus comportamentos alimentares mais facilmente se:
- aprenderem participando em actividades;
- forem salientados os aspectos positivos e atraentes de uma alimentação saudável em vez das consequências negativas de um padrão alimentar desajustado.

Estratégias como dar a provar aos estudantes alimentos saudáveis; mostrar os benefícios de uma alimentação adequada a curto prazo, nomeadamente na aparência e performance física; ajudar a desenvolver capacidades no que diz respeito á preparação de refeições e leitura de rótulos; ajudar a lidar com a influência da publicidade e pressões sociais negativas na escolha alimentares; visitas ao refeitório; envolver os alunos no planeamento de ementas; são alguns dos exemplos de estratégias que podem ser desenvolvidas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Educação alimentar vs Bufetes e máquinas de venda automática

No seguimento dos vários posts anteriores, desta vez abordamos a influência da escola no comportamento alimentar das crianças
Perante os números preocupantes de crianças com excesso de peso e obesidade, a promoção de estilos de vida saudáveis entre as crianças reveste-se de particular importância. A escola parece ser obviamente a via de eleição para a transmissão deste hábitos, mas será que as sessões de educação alimentar são assim tão comuns nas nossas escolas? E os produtos vendidos nos bufetes e máquinas de venda automática, são coerentes com estes objectivos?
Embora sem dados concretos, as nutricionistas Bela Franchini e Paula Veloso, pela maior solicitação para participarem em acções de formação, consideram haver uma crescente preocupação acerca deste assunto. No entanto, Paula Veloso diz: “ Não consigo perceber como é que as escolas continuam a oferecer nos bufetes e nas máquinas de venda automática os mesmo produtos que os professores dizem na sala de aula que não devem ser consumidos. Isto é o maior contra-senso que pode haver”. Por sua vez, Bela Franchini considera necessário “ter em atenção o que se disponibiliza” e só em último caso “os órgãos de gestão é que devem decidir o seu conteúdo”.
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=5413
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=5368




O exemplo da Madeira

A “Rede de bufetes escolares saudáveis” (R.B.E.S.) é um projecto da Secretaria Regional de Educação da Madeira, que assenta no princípio de que a “escola deve funcionar como um todo, devendo haver coerência entre aquilo que é ensinado no interior da sala de aula e a sua aplicação no bar da escola”.
Este projecto tem como objectivos principais: aumentar o consumo de alimentos saudáveis pela comunidade escolar (não retirando os alimentos menos saudáveis das escolas, mas destacando e promovendo alternativas saudáveis) e incentivar o intercâmbio entre as escolas da R.B.E.S.. A R.B.E.S. ainda não está implementada em todas as escolas da ilha, mas encontra-se num bom caminho…

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Dia Mundial da Diabetes

Hoje, é celebrado mais um Dia Mundial da Diabetes. Foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), devido ao crescente interesse desta patologia pelo mundo inteiro.

O dia 14 de Novembro foi escolhido por ser a data de nascimento do cientista canadense Frederick Bantim que, em parceria com Charles Best, foi responsável pela descoberta da insulina, em Outubro de 1921.

Esta campanha global de consciencialização, onde todos os anos é abordado um tema diferente, é compartilhada por associações de diabetes de mais de 150 países.O tema da campanha mundial da IDF deste ano é “Diabetes em Crianças e Adolescentes”, tendo como objectivo a luta para que nenhuma criança fique sem tratamento ou morra por causa da diabetes. Este ano, conta-se ainda com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que em Dezembro de 2006 assinou uma Resolução reconhecendo a diabetes como uma doença crónica.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

"apetece-me"

Por cá, em 1999 a Nestlé, lançou o Programa Educativo "apetece-me" em parceria com o Ministério da Educação, de forma a responder à necessidade de promover a educação alimentar das crianças e para se adequar à reorganização curricular do Ensino Básico. Tem como principal objectivo sensibilizar os alunos, assim como a comunidade escolar para o bem-estar físico e mental através da transmissão de conhecimentos básicos sobre nutrição, saúde e bem-estar. Para este programa, foram desenvolvidos manuais e suportes didácticos para facilitar a transmissão dos conhecimentos do professor para o aluno. O programa primeiramente abrangeu 90 escolas, dos 5º e 6º anos, tendo-se alargado no ano lectivo 2000/2001 para todas as escolas do 2º Ciclo do Ensino Básico, passando a contar com 800 escolas. No ano lectivo 2004/2005 passou a incluir também as escolas do 1º ciclo, tendo sido desenvolvidos materiais pedagógicos especialmente dirigidos aos alunos dos 6 aos 10 anos. O Programa Educativo “Apetece-me” já abrangeu 500 000 alunos e 30 000 professores, procurando transmitir, ensinar hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis junto das crianças e jovens.

domingo, 11 de novembro de 2007

Obesidade infantil

Ao escrevermos o post anterior, apercebemo-nos que mais campanhas contra a obesidade infantil estão a ser desenvolvidas. E não é para menos, pois os dados relativos à prevalência da obesidade infantil são assustadores. No mundo cerca de 150 milhões de crianças em idade escolar tem excesso de peso. Destas 45 milhões são obesas. Na Europa estima-se que 1 em cada 5 crianças tem peso excessivo (dados retirados do site obesidade online). Nos Estados Unidos da América o problema afecta cerca de 9 milhões de crianças acima dos 6 anos de idade. Assim, para travar o aumento da obesidade neste país foi lançado em Novembro de 2005 uma campanha que pretende mostrar às crianças a importância de uma alimentação saudável e de se ser fisicamente activo. Em, http://www.adcouncil.org/default.aspx?id=45 podem consultar o material usado na campanha.

Convidamo-vos a verem três dos vídeos usados em televisão




Acham que estas campanhas poderão ser realmente eficazes?


As crianças são ainda encorajadas a visitar o site http://smallstep.gov/kids/flash/index.html


A propósito da Internet este é um meio cada vez mais utilizado pelos mais novos e poderá ser um excelente meio para fazer educação alimentar, existindo vários sites com este objectivo. Têm em comum o recurso a muita cor, animações , jogos e sugestões de receitas e snacks saudáveis. Serão estas as melhores estratégias para comunicar sobre alimentação com as crianças? A nós parece-nos que sim.

A visitar:
http://www.bam.gov/sub_foodnutrition/index.html
http://www.exhibits.pacsci.org/nutrition/nutrition_cafe.html

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Dia Europeu da Saúde na Alimentação e na Cozinha

Assinala-se hoje o Dia Europeu da Saúde na Alimentação e Cozinha. Durante o dia de hoje, chefes de cozinha de toda a UE ensinaram crianças, em escolas e restaurantes, a cozinharem e alimentarem-se de forma saudável. O objectivo é combater tendência crescente da obesidade infantil na Europa. Segundo o Comissário da União Europeia para a Saúde, Markos Kyprianou « a obesidade tem vindo a aumentar na Europa, especialmente entre as crianças. Todos os anos, são mais de 400 000 as crianças que tornam obesas ou passam a ter excesso de peso».

O combate à obesidade infantil conta ainda com outras iniciativas, como é o caso do site «Mini Chefes da UE
». Um site concebido para crianças, onde se encontram receitas simples e saudáveis de vários países da Europa, uma breve descrição da cozinha tradicional de cada país, conselhos culinários e vantagens nutricionais de alguns alimentos. Pretende-se com este espaço virtual mostrar como a alimentação pode ser divertida, saudável e barata.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Objectivos de quem comunica sobre alimentação

Dar a conhecer, Fazer gostar e Fazer agir são os objectivos de quem comunica sobre alimentação. É o caso da indústria alimentar que se serve destes objectivos para promover os seus produtos.
Numa fase inicial, o primeiro objectivo desta indústria poderá ser
Dar a conhecer o produto, isto é, apresentar o produto, as características nutricionais e o modo de utilização do mesmo.

Outro objectivo será Fazer gostar, tentar criar uma empatia entre o produto e o consumidor. Oferta de brindes, prémios, jogos interactivos, recurso a figuras públicas e humor nas campanhas promocionais são algumas das estratégias utilizadas para atingir este objectivo.


http://www.cocacola.pt/- neste site é dada a hipótese de conhecer um grupo musical e entrar num spot publicitário da marca.


Fazer agir, pretende-se que haja uma interacção entre o consumidor e o produto. O público-alvo deverá aperceber-se da utilidade do produto, das suas aplicações, sentir-se motivado a procurar informação e a participar em campanhas relacionadas com o produto. Receitas e planos de emagrecimento que incluem o produto são formas de levar a agir.

Adágio Magro com alertas por SMS - alerta os consumidores do momento para beber o produto.
http://www.planocorposdanone.com/ - onde poderá fazer um plano alimentar.
http://www.oliveiradaserra.pt/
http://www.vaqueiro.pt/homepage/index.aspx


Estes objectivos podem estar presentes em simultâneo numa mesma campanha de marketing, para que esta seja mais abrangente e eficaz.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Rótulo

Os consumidores parecem reconhecer a importancia da informação nutricional presente nos rótulos, contudo tem dificuldade em interpretá-la. A terminologia usada é complexa, existe ainda a dificuldade em transpor a referência das 100g para o que é ingerido. Acabando por não basear as suas escolhas neste tipo de informação. Assim, pedem rótulos mais simples, atractivos, consistentes e uniformizados dentro da mesma categoria de produtos. Sugerem o uso de símbolos; de informação hierarquizada, de forma a perceberem o que é mais importante e a referência a sites, onde poderão esclarecer eventuais dúvidas. Estas foram algumas das conclusões a que chegou um estudo realizado pela European Food Information Council (EUFIC FORUM) em algumas cidades europeias. Também em Portugal se parece ignorar informação contida nos rótulos, segundo a nutricionista Bela Franchini «o consumidor português não está ainda interessado em saber os ingredientes que ingere, não consultando a tabela do valor nutritivo do produto».


O desafio coloca-se agora às empresas, no sentido de tornarem esta pequena ferramenta de comunicação, num instrumento claro, interactivo, fácil de entender. O esforço deverá também passar por profissionais de saúde e educadores, pois só desta forma o rótulo será capaz de contribuir efectivamente para escolhas alimentares mais saudáveis.

O exemplo da Kellogg’s…

A kellogg’s adoptou no passado mês de Junho, uma medida a nível mundial, que implica o aparecimento de novas informações sobre os nutrientes na parte da frente das embalagens. O objectivo é permitir que os consumidores tenham acesso a informação simples, visível e objectiva sobre: calorias, gordura total, gordura saturada, açucares e sal.

domingo, 28 de outubro de 2007

5 a day

O programa “Five a day”é um programa de educação alimentar, iniciado em 1991 nos EUA a partir de uma aliança entre instituições de saúde e de agricultura. Visa promover o consumo diário de pelo menos cinco porções de frutas e vegetais, procurando assim contribuir para o desenvolvimento de uma alimentação saudável e para a prevenção de cancro e outras doenças crónicas. Tornou-se um modelo para outros países, estando hoje presente em mais de 30.

A propósito do Dia Mundial da Alimentação, o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), lançou o programa “5 ao dia”. A iniciativa tem como alvo crianças dos 7 aos 12 anos e passa pela realização de visitas ao MARL. Temas como a Roda dos Alimentos são abordados de uma forma recreativa, com jogos de palavras e sugestões de receitas que as crianças levam para casa, com o objectivo de, em conjunto com as suas famílias, aplicarem o que aprenderam.

Estas campanhas revestem-se de especial importância se pensarmos que:

- O baixo consumo de frutas e vegetais foi identificado pela OMS como um dos 10 factores de rico para a mortalidade global;

- Cerca de 2,7 milhões de vidas poderiam ser anualmente salvas com um consumo adequado destes alimentos;

- A OMS estima que 31% das doenças coronárias, 11% dos AVC e 19% dos cancros gastrointestinais em todo o mundo podem estar relacionados com ingestões reduzidas de vegetais e fruta.

A visitar:

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Como se deve posicionar o nutricionista que comunica sobre ciência?

O nutricionista constitui um elo importante entre a ciência e o público em geral, ao permitir que o conhecimento científico chegue de forma simples e acessível a todos. Desta forma fornece informações que possibilitam escolhas conscientes e fundamentadas. O discurso do nutricionista deve ser imparcial, neutro e ter uma base científica. Conseguirá o nutricionista manter sempre esta posição, numa socidade em que as pressões sociais, económicas e políticas são uma constante?
A associação de um nutricionista à promoção de um produto de uma determinada marca, pode ser uma atitude questionável, no sentido que a sua presença irá influenciar a escolha do consumidor. Não deveria limitar-se a enumerar as vantagens do alimento per si, sem se associar a qualquer tipo de marca?
Recentemente a APN viu-se envolvida numa polémica ao participar na campanha publicitária das águas formas luso, águas cujo o consumo alegava a perda de peso. Segundo a nutricionista responsável pelas águas, “a Formas Luso ajuda a controlar o peso mesmo sem a alteração dos hábitos normais”, sendo que “a perda de peso será mais significativa se a ingestão desta água funcional for acompanhada de um regime alimentar equilibrado e de exercício físico”, não serão estas informações tendenciosas, visando a venda do produto? Um assunto polémico que merece provavelmente muita discussão.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Dia Mundial da Alimentação

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Alimentação, celebração que teve início em 1981 e que actualmente já é reconhecida em mais de 150 países. Tem como objectivo alertar e consciencializar a população para os problemas da fome e da desnutrição. No dia de hoje, o secretário geral da ONU, em comunicado, recordou que a alimentação é "um direito humano fundamental" e afirmou ser "inaceitável" que haja 854 milhões de pessoas que sofram de fome crónica num "mundo de abundância". Relembrou ainda que "o mundo tem os recursos, o conhecimento e os instrumentos necessários para fazer do direito à alimentação uma realidade para todos".
Em Portugal, o cenário não é o mais animador, segundo o Banco Alimentar o número de pessoas a pedir ajuda é superior em relação a anos anteriores.
Esperemos que aproveitem a data não só para reflectir sobre a vossa alimentação, bem como a situação alimentar no mundo.

Corrente Estruturalista vs Corrente Funcionalista

Já vos ocorreu pensar que o nosso consumo alimentar é influenciado por um variado conjunto de factores?
Para alguns, será o facto de vivermos em sociedade e todos os aspectos culturais e sociais a que estamos expostos que moldam hábitos e preferências alimentares - Corrente Estruturalista. Para outros serão os benefícios e as características nutricionais dos alimentos que motivam certos comportamentos alimentares – Corrente Funcionalista. Não serão estas correntes demasiado redutoras? Recentemente verificou-se uma aproximação entre as dimensões biológicas sociais. Sendo da interacção dinâmica destas que resulta o nosso comportamento alimentar.
Convidamo-vos a olhar com um pouco mais de atenção para toda a informação sobre alimentação que nos rodeia e a tentar identificar a presença destas correntes.


Por exemplo, na publicidade a que se dá destaque apenas aos benefícios nutricionais (adição de fibra, presença de
esteróis vegetais, ómega 3, antioxidantes…) é utilizada a corrente funcionalista para promover os produtos.


A corrente estruturalista encontra-se na publicidade de refrigerantes, determinados iogurtes, chocolates e outros alimentos cujo público alvo são os mais jovens. Associa-se o consumo destes alimentos ao prazer de viver, à diversão. Os sites e anúncios destes, recorrem à cor, música, movimento e aos interesses destas faixas etárias (festas, viagens, concertos, desportos radicais). O mesmo acontece na publicidade a bebidas alcoólicas em que se realça o lado belo e glamorouso da vida.



Existem ainda publicidades que associam a beleza, jovialidade, vitalidade à alimentação saudável.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Porque será que se comunica tanto sobre alimentação?

A alimentação é sem dúvida um tema em voga. Vivemos rodeados de informação sobre alimentação, esta chega até nós quase massivamente das mais diversas formas: revistas, jornais, televisão, campanhas publicitárias, Internet, sendo um tema sobre o qual quase todos discutimos e opinamos.
E porque será que se comunica tanto sobre alimentação? Primeiramente terá sido uma questão de sobrevivência que levou o homem a sentir necessidade de divulgar informação sobre os alimentos. Actualmente, talvez seja consequência de todo o marketing e publicidade em torno desta área e da crescente preocupação com a saúde, bem-estar e questões estéticas.
Comunicar permite tornar mais simples e acessível o tema cada vez mais complexo que é a alimentação. Assim, a comunicação torna-se um instrumento útil para profissionais de saúde e indústria alimentar atingirem os seus objectivos, melhorar, mudar práticas alimentares e credibilizar, promover os seus produtos, respectivamente.
Questionamo-nos se toda a informação a que estamos expostos é benéfica? Credível? Não poderá ser geradora de confusão, ideias erradas?
Aguardamos os vossos comentários!